sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sobre o pequeno ser que sou

Sinto me tonto, seria a fumaça vinda do meu cigarro, ou os longos goles do meu café?
Talvez possa ser a inerente sensação de estar longe de você!
Me mato um pouco mais, tentando não sentir esses sentimentos belos e horriveis!
Sentindo-me apenas mais um, com esta droga que preenche meus pulmões,
e com essa mente breve e incapaz qual fui herdado.

Queria ser mais, e ter a dignidade de estar onde estou.
Apenas um pouco mais, para acompanhar os passos de quem sigo.
Um tanto a mais, para poder estar ao seu lado.

E é este medo cego e torto, o qual me embriaga.
Na certeza de não ser aquele um!
Aquele qual os homens chamam de sábio,
qual os sabios chamam de promissor.

Apenas me matando um pouco mais, posso interromper esse medo!
Pois sou pequeno, e sei disso.
mas é a consciência da minha condição,
a razão pela qual não temo.

Não serão suas palavras bonitas e complexas que me farão tremer.
Nem serão seus versos belos que me farão temer.
Pois sou assim, simples e composto,
um fraco, mas corajoso!

E justamente por saber minha posição é que eu digo:
Sou tão grande quanto és,
Mesmo não tendo o que tens. E justamente por ter o que tenho!

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